Como a linguagem é usada para controlar você — 1984 de George Orwell
Transcrição do vídeo
Introdução
Você já parou para pensar como a forma como falamos pode definir o que somos capazes de pensar? E se alguém controlasse as palavras que você usa todos os dias? E se, aos poucos, conceitos como “liberdade”, “verdade” e até “amor” simplesmente desaparecessem do seu vocabulário? Será que você ainda conseguiria pensar nesses conceitos?
George Orwell publicou uma das obras mais proféticas e perturbadoras do século XX: “1984”. Um romance que parece, a cada dia, deixar de ser apenas ficção para se tornar realidade. Em um mundo onde o controle da linguagem é também o controle da mente, George Orwell nos alerta sobre um dos perigos mais silenciosos e poderosos que uma sociedade pode enfrentar: a manipulação do pensamento através das palavras.
Neste vídeo, vamos olhar para um aspecto da obra “1984” e entender como a linguagem se torna uma arma de dominação. Vamos explorar conceitos chaves do livro, como a Novilíngua, a prática do Duplipensar e, acima de tudo, por que esse livro, escrito há mais de 70 anos, é mais atual do que nunca.
Em um mundo onde o governo decide o que é verdade e o que é mentira, onde o passado é constantemente reescrito e onde até mesmo o pensamento pode ser considerado crime, não há espaço para liberdade — apenas para a obediência cega. E tudo isso começa pelas palavras. Como afirma o protagonista do livro, Winston Smith:
“A liberdade é a liberdade de dizer que dois e dois são quatro. Se isso for admitido, tudo o mais se segue.”
George Orwell, 1984.
1. Apresentando 1984: uma visão distópica do controle da linguagem
A ambientação do livro é situada em uma Londres distópica, parte de uma superpotência chamada Oceânia, onde o Partido controla todos os aspectos da vida das pessoas sob a ideologia do Socing, o Socialismo Inglês. A vigilância é constante. As chamadas teletelas acompanham os movimentos dos cidadãos, monitoram suas expressões faciais, seus comportamentos e suas palavras. A figura do “Grande Irmão” representa essa presença ininterrupta do poder. Não há espaço para privacidade ou intimidade.
O Partido estabelece seus princípios por meio de lemas que, à primeira vista, são contraditórios, mas que revelam a lógica de dominação: “Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão. Ignorância é Força.”
Nesse sistema, até os vínculos afetivos são considerados perigosos. Relações familiares, amorosas ou de amizade são vigiadas ou desestimuladas. O objetivo é redirecionar toda lealdade emocional e racional ao Partido. Até as crianças são treinadas para denunciar comportamentos suspeitos dos pais. A vigilância não é apenas externa; ela se torna psicológica, incorporada pelo próprio sujeito. Se em Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, o sexo é estimulado e usado como uma ferramenta de dominação, em 1984, o amor é proibido porque representa um vínculo que foge ao controle do Partido
Em complemento, Carl Jung, ao refletir sobre o poder e os vínculos humanos, afirmou:
“Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro.”
Carl Jung, Estudos sobre o Simbolismo do Si-mesmo.
Em “1984”, esse deslocamento do afeto é estratégico: eliminar o amor é eliminar a possibilidade de resistência subjetiva.
O livro, portanto, é menos uma alegoria política e mais uma análise da psicologia da opressão, mostrando como a dominação se estabelece por meios simbólicos, pela reconfiguração da realidade e especialmente pela linguagem.
2. O poder da “novilíngua”
Se o Partido quer controlar o pensamento, precisa começar pela linguagem. E é aqui que entra a Novilíngua — a nova linguagem oficial da Oceânia, lugar onde se passa a história do livro. Ela não é apenas uma simplificação do inglês, mas uma tentativa sistemática de restringir o pensamento através da eliminação de palavras. A lógica é a seguinte: se uma palavra não existe, o conceito que ela expressa também não pode existir. Como pensar, por exemplo, em liberdade se a palavra “liberdade” foi erradicada do vocabulário?
George Orwell explica isso de forma explícita no apêndice do livro, intitulado “Os princípios da Novilíngua”:
“O objetivo da Novilíngua não era somente fornecer um meio de expressão para a cosmovisão e os hábitos mentais devotados aos partidários da Socing, mas tornar todos os outros modos de pensamento impossíveis.”
George Orwell, 1984.
O vocabulário da Novilíngua foi elaborado de modo a conferir expressão exata e sutil, a todos os significados que um membro do Partido pudesse querer transmitir, ao mesmo tempo que excluía todos os demais significados e inclusive a possibilidade de a pessoa chegar a eles por meios indiretos.
“Para tanto, recorreu-se à criação de novos vocábulos e, sobretudo, à eliminação de vocábulos indesejáveis, bem como à subtração de significados heréticos e, até onde fosse possível, de todo e qualquer significado secundário que os vocábulos remanescentes porventura exibissem. Vejamos um exemplo. A palavra livre continuava a existir em Novilíngua, porém só podia ser empregada em sentenças como: ‘O caminho está livre’ ou: ‘O toalete está livre’. Não podia ser usada no velho sentido de ‘politicamente livre’ ou ‘intelectualmente livre’, pois as liberdades políticas e intelectuais já não existiam nem como conceitos, não sendo, portanto, passíveis de ser nomeadas.”
George Orwell, 1984.
A língua, que deveria expandir horizontes, passa a limitá-los. O vocabulário é reduzido a termos técnicos e neutros. Palavras que expressam sentimentos, nuances ou contradições são sistematicamente apagadas ou substituídas por termos binários e manipuláveis.
Em vez de palavras como “ruim”, “terrível” ou “horrível”, tudo se reduz a “não-bom”. Não é apenas uma questão de estilo — é uma tentativa de tornar o pensamento crítico impossível, pois quanto menos palavras existiram para exprimir as nuances da realidade, mais comprometida fica minha capacidade de expressão. George Orwell escreve:
“Na verdade, o que se esperava da pessoa treinada em Novilíngua era que, ao ouvir ou ler uma afirmação, fosse capaz de rejeitá-la instantaneamente se ela fosse herética, sem que sequer passasse pela cabeça dela o que significava heresia.”
George Orwell, 1984.
O mais inquietante é perceber que esse tipo de estratégia não está restrito ao mundo do livro. Basta observar certos discursos políticos, a polarização nas redes sociais e o uso sistemático de jargões esvaziados de sentido para notar como, ainda hoje, a linguagem pode ser usada para manipular. Quando usamos expressões prontas, quando nos comunicamos apenas por memes ou slogans, estamos nos afastando da complexidade do pensamento real, estamos, em parte, falando a Novilíngua.
O filósofo Ludwig Wittgenstein dizia que “os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo”. George Orwell transforma essa ideia num alerta: se deixarmos que a linguagem seja reduzida a um instrumento de dominação, logo não conseguiremos sequer conceber a liberdade. A Novilíngua não destrói apenas a comunicação — ela destrói a possibilidade de resistência interna. E isso se completa com outra ferramenta usada pelo Partido: o Duplipensar.
3. Duplipensar e a manipulação da verdade
Se a Novilíngua é a fundação do controle mental, o Duplipensar é a engrenagem que opera o mecanismo. Trata-se da capacidade de aceitar simultaneamente duas ideias contraditórias como verdadeiras. A razão é distorcida ao ponto de tonar um absurdo verdadeiro. No livro, Winston Smith explica como é a sensação de estar sofrendo o Duplipensar:
“Saber e não saber, estar consciente da completa veracidade ao mesmo tempo em que se contam mentiras cuidadosamente elaboradas, manter simultaneamente duas opiniões que se cancelam, sabendo que são contraditórias e acreditando nas duas.”
George Orwell, 1984.
O Partido exige o Duplipensar como prova de lealdade. Não basta repetir os slogans; é preciso acreditar neles, mesmo que entrem em choque direto com a experiência pessoal. A verdade deixa de ser aquilo que corresponde aos fatos e passa a ser o que o Partido diz que é verdade naquele momento. Hoje, a Oceânia está em guerra com a Eurásia, outro continente presente no livro. Amanhã, estará em guerra com a Lestásia. E sempre foi assim, mas também nunca foi, mesmo que as lembranças digam o contrário.
George Orwell escreve:
“A realidade existe na mente humana e em nenhum outro lugar. Não na mente individual, que pode errar e, de qualquer modo, perece rapidamente: somente na mente do Partido, que é coletiva e imortal.”
George Orwell, 1984.
Essa frase resume o ponto mais extremo da doutrina totalitária: a abolição da realidade objetiva. Quando a verdade depende apenas da autoridade, ela se torna um instrumento de opressão. A manipulação da informação, a reescrita constante dos jornais, a criação de inimigos fictícios — tudo serve para manter o cidadão em estado de confusão e dependência.
A consequência psicológica disso é alucinante. O sujeito não sabe mais em que pode confiar — nem mesmo em sua própria memória. Winston descreve esse tormento no seguinte trecho:
“Era necessário ter consciência da realidade e, ao mesmo tempo, negar essa realidade — o que implicava usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade enquanto a reivindicava, crer que a democracia era impossível e que o Partido era o guardião da democracia.”
George Orwell, 1984.
Esse colapso interno leva à supressão do pensamento. O indivíduo deixa de pensar para não sofrer. A obediência não é apenas exigida — ela é o único caminho para a sanidade dentro da loucura imposta. Como terapeuta, posso afirmar que o Duplipensar é um exemplo literário brilhante da dissonância cognitiva levada ao extremo, onde a mente, para sobreviver, precisa se anestesiar contra a realidade.
A grande tragédia de “1984” não é apenas o sofrimento físico, mas a rendição do pensamento. Quando não conseguimos mais confiar em nós mesmos, quando até nossas lembranças são duvidosas, perdemos a única coisa que nos mantinha na realidade. E o mais inquietante é perceber os paralelos entre essa realidade fictícia e os mecanismos que vemos em nossa sociedade contemporânea.
4. A relevância de 1984 no mundo atual
Setenta e cinco anos após sua publicação, “1984” deixou de ser apenas uma ficção distópica para se tornar uma lente pela qual podemos observar — e compreender — o mundo em que vivemos. Embora não estejamos sob o domínio explícito de um Partido único, muitas das estratégias descritas por George Orwell continuam operando, agora por meios mais sutis, mais tecnológicos e, por isso mesmo, mais eficazes.
A ascensão das redes sociais transformou a maneira como nos comunicamos e, principalmente, como percebemos a realidade. A informação é abundante, mas o que nos chega é cuidadosamente filtrado por algoritmos. Cada usuário vive dentro de uma bolha, onde suas crenças são reforçadas e as visões divergentes, eliminadas. Como resultado, vivemos em pequenas Oceânias pessoais, onde o que é “verdade” depende do que vemos na nossa própria timeline. Não há um único Big Brother — há milhares de pequenos sistemas de vigilância automatizados, que nos estudam, nos segmentam e nos moldam sem que percebamos.
A manipulação da linguagem também está presente, ainda que em roupagens modernas. Ou Termos são trocados para suavizar realidades duras — não se fala mais em “desemprego”, mas em “readequação profissional”; não há “crise econômica”, mas “retração do mercado”, não há aquecimento global, mas “mudanças climáticas”. Ao mesmo tempo, certos termos são demonizados ou politicamente rotulados, gerando medo de usá-los, como, por exemplo, a definição do que é uma mulher ou um homem, que, inclusive, hoje em dia, não se conseguir definir o que é uma mulher ou um homem é um exemplo de que a Novilíngua deu certo. Isso cria um vocabulário limitado, pobre, onde o debate perde profundidade e o pensamento se torna raso e polarizado. Em muitos contextos, expressar uma ideia fora do consenso digital pode equivaler a cometer um “crime de opinião”.
Outro aspecto atual que dialoga diretamente com 1984 é a modificação de obras literárias clássicas para adequá-las às sensibilidades contemporâneas. Um exemplo recorrente no Brasil é o caso dos livros de Monteiro Lobato, autor de obras infantis como O Sítio do Picapau Amarelo, que teve trechos editados por conterem termos considerados racistas à luz dos valores atuais.
A discussão sobre essas alterações é complexa. De um lado, há o argumento de que certas expressões reforçam estereótipos prejudiciais e devem ser revistas para que não perpetuem discriminações. De outro, levanta-se a preocupação de que modificar o texto original compromete a integridade histórica da obra e dificulta a compreensão do contexto em que foi produzida. Isso nos leva a uma questão central levantada por Orwell: quando reescrevemos o passado para ajustá-lo ao presente, qual realidade estamos preservando?
Outros livros de outros autores como Agatha Christie e Ian Fleming, o criador da série de livros do James Bond, que inspirou os filmes, também sofreram modificações por conta dos termos considerados ofensivos hoje em dia.
Em 1984, a falsificação do passado é uma estratégia do Partido para impedir que a população desenvolva consciência histórica. Orwell escreve:
“Cada registro foi destruído ou falsificado, cada livro reescrito, cada imagem retocada, cada estátua, cada rua, cada prédio teve o nome mudado, cada data alterada. […] A história foi parada.”
George Orwell, 1984.
Esse controle da narrativa histórica elimina o ponto de comparação com o presente e impede a formulação de um julgamento independente.
No contexto das edições modernas de obras literárias, a motivação pode não ser autoritária, mas a prática levanta questões semelhantes. Qual é o limite entre a revisão crítica de um conteúdo e a supressão de seu valor documental? A reflexão se torna ainda mais importante quando se trata de educar novas gerações. A compreensão das mudanças sociais ao longo do tempo pode ser mais bem desenvolvida quando se contextualiza uma obra, em vez de apagá-la.
Além disso, a linguagem hoje é monetizada. Plataformas vendem a atenção das pessoas para anunciantes que usam palavras cuidadosamente escolhidas para despertar emoções específicas: medo, desejo, indignação. As palavras deixam de ser pontes de compreensão e se tornam gatilhos de comportamento. Estamos o tempo todo sendo convencidos, induzidos, guiados por discursos formatados para maximizar cliques, não reflexão.
Marie-Louise von Franz, discípula de Jung, dizia que “os símbolos são a linguagem da alma”. Em uma era onde os símbolos são substituídos por emojis e o discurso é reduzido a frases de impacto, o que acontece com a alma humana? A resposta pode ser encontrada em nossa crescente ansiedade, no sentimento de vazio e na desorientação que marca nossa geração.
O mundo de “1984” talvez nunca se materialize exatamente como Orwell descreveu, mas os mecanismos que ele antecipou estão vivos — e atuando sob novas formas. O maior perigo, hoje, talvez não seja a repressão explícita, mas o adormecimento silencioso da nossa capacidade de pensar.
5. Consequências psicológicas da falta de vocabulário
A leitura de 1984 pode ser interpretada como uma análise das estratégias de dominação simbólica em regimes totalitários. Sua relevância se estende para além do contexto político, oferecendo instrumentos para compreender como a linguagem, quando manipulada, compromete a autonomia individual. O livro demonstra que o controle começa pela alteração dos significados, pela supressão de termos e pela substituição da experiência concreta por narrativas fabricadas.
A vigilância e a manipulação descritas por Orwell não se restringem a métodos explícitos de coerção. Elas operam por meios sutis, por meio da linguagem, da repetição, da reorganização do discurso público e da interferência nos registros da memória coletiva. O que se torna evidente é a necessidade de fortalecer a capacidade de questionamento individual, não apenas em relação ao poder institucional, mas também aos mecanismos culturais, tecnológicos e subjetivos que moldam as crenças cotidianas.
George Orwell sintetiza esse processo no seguinte trecho:
“O poder não é um meio; é um fim. Ninguém estabelece uma ditadura com o propósito de salvaguardar uma revolução; faz-se a revolução para estabelecer uma ditadura.”
George Orwell, 1984.
Esse enunciado explicita que o objetivo central das intervenções sobre a linguagem e a memória não é proteger a sociedade, mas consolidar formas permanentes de dominação.
Diante disso, preservar a diversidade vocabular, evitar discursos simplificados, examinar a origem e os efeitos das narrativas difundidas e manter um hábito regular de leitura e análise crítica se tornam práticas fundamentais. A linguagem é o principal meio pelo qual o sujeito organiza sua experiência e compreende sua posição no mundo. A limitação da linguagem implica a limitação do pensamento.
Em um contexto clínico e de desenvolvimento pessoal, é nítido como a ausência de vocabulário para nomear emoções e experiências pode gerar estados de ansiedade, confusão e desorganização interna. A linguagem não é apenas um instrumento comunicativo, mas uma estrutura que organiza a consciência. O empobrecimento da linguagem está diretamente relacionado à perda de orientação subjetiva.
Em vez de nomear com clareza sentimentos como frustração, angústia, vergonha ou ambivalência, a falta de vocabulário nos força a utilizar termos genéricos como “ruim”, “estranho” ou simplesmente “estou mal”. Essa limitação impede que o afeto seja processado simbolicamente, o que favorece a somatização, a impulsividade e os estados de confusão interna. Sem nome, o sofrimento psíquico tende a se manifestar no corpo ou em comportamentos desorganizados.
Na ausência de um vocabulário rico e variado, o mundo interior do indivíduo se empobrece. Suas possibilidades de percepção se tornam limitadas, assim como sua capacidade de reconhecer alternativas, imaginar futuros diferentes ou reinterpretar experiências passadas. A falta de palavras não apenas impede o dizer — ela impede o pensar.
Essa condição de empobrecimento simbólico gera ainda um sentimento crônico de inadequação, pois o sujeito sente algo, mas não consegue traduzir em palavras, não consegue compartilhar com precisão, e por isso não se sente compreendido. Esse isolamento linguístico aprofunda a sensação de solidão e reforça a ideia de que não vale a pena tentar se expressar.
Por isso, os temas abordados em 1984 continuam relevantes como ponto de partida para refletir sobre a importância de proteger a linguagem como forma de garantir a integridade do pensamento.
6. Resumo e dicas práticas
O que Orwell nos ensinou em “1984” não é apenas sobre regimes totalitários — é sobre os perigos silenciosos que surgem quando deixamos de pensar por nós mesmos. Quando permitimos que apaguem palavras, apagam também nossos sentimentos, ideias e direitos. Quando aceitamos contradições sem questionar, aceitamos que a verdade se torne relativa. E quando deixamos de refletir, nos tornamos vulneráveis à manipulação mais perigosa: aquela que nos faz duvidar de nós mesmos.
Por isso, podemos seguir algumas dicas práticas para fortalecer o pensamento e proteger sua liberdade interior:
- Expanda seu vocabulário: Leia mais. Leia autores com opiniões diferentes das suas. Leia filosofia, psicologia, literatura. Cada palavra nova é uma nova ferramenta de pensamento.
- Questione as narrativas prontas: Toda vez que ouvir um discurso simples demais para um problema complexo, desconfie. Pergunte-se: de onde vem essa informação? O que ela está tentando provocar em mim?
- Crie espaços de silêncio e reflexão: Desconecte-se das redes por um tempo. Escreva seus pensamentos. Medite. Voltar-se para dentro é um dos atos mais revolucionários que existem.
E você,
já se sentiu manipulado por um discurso ou por algo que viu nas redes sociais?
Em que momento você percebeu que precisava recuperar sua autonomia de pensamento?
Responda aqui nos comentários! Sua experiência pode ajudar outras pessoas a despertarem também.
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