A vida só começa depois dos 30 — Carl Jung
Transcrição do vídeo
“A meio caminhar da minha vida encontrei-me numa floresta escura, tendo perdido o caminho.”
Dante, A Divina Comédia.
Quando éramos crianças, talvez acreditássemos que os adultos passavam por algum tipo de transformação mágica para se tornarem quem são. Imaginávamos que eles acessavam um mundo completamente diferente, com interesses e assuntos tão complexos que estavam além da nossa compreensão infantil. No entanto, ao chegar a nossa vez de nos tornarmos adultos, descobrimos que somos, na verdade, apenas crianças maiores, carregando inconscientemente questões relacionadas a nossas mães, nossos pais e projetando nossas frustrações no mundo e nos outros. Isso acontece porque muitas vezes não reconhecemos que a verdadeira fonte de nossa insatisfação está dentro de nós mesmos.
Esse vídeo será dedicado àqueles que estão passando por um momento conturbado em suas vidas, onde se veem angustiados e desesperados pela desilusão que sofreram ao se darem conta de que não conseguem responder a seguinte pergunta: “Quem sou eu além da minha história e dos papéis que eu interpretei?” . Embora seja particularmente relevante para pessoas acima dos 30 anos, os mais jovens também podem se beneficiar ao absorverem reflexões que os ajudarão a se preparar para o futuro. As ideias discutidas são baseadas no livro A Passagem do Meio, do terapeuta junguiano James Hollis, nos estudos de Carl Jung sobre o desenvolvimento da personalidade, e nos mitos gregos, que ajudam a ilustrar essas questões.
A infância é marcada pelo que a psicologia analítica chama de pensamento mágico. Nesse estágio, as energias do mundo exterior e os estados interiores de uma pessoa são percebidos como parte de uma mesma realidade. Assim como os povos primitivos, que conheciam apenas os limites de sua tribo e região, a criança interpreta o mundo dentro de um universo restrito, dominado pelos pais. Dependendo das conclusões a que chega, ela pode se sentir abandonada ou oprimida. Para lidar com isso, a criança tenta sobreviver a esse mundo desconhecido e inseguro interiorizando comportamentos dos pais, transformando suas ações e declarações em verdades sobre si mesma. Uma das principais ferramentas da criança para enfrentar as adversidades da vida é a imitação, já que os pais exercem uma influência profunda sobre ela.
Na adolescência, passamos para o pensamento heroico, em que o pensamento mágico começa a perder força, desgastado pela dor, confusão e pela dificuldade de compreender nossos estados interiores. Nesse estágio, somos tomados por esperanças e fantasias de grandeza, mas também por idealizações e projeções. A projeção ocorre quando atribuímos um elemento da nossa personalidade, que reside em nosso inconsciente, a outra pessoa ou grupo, pelo simples fato de estar inconsciente. Podemos projetar características negativas e positivas, no entanto, há uma tendência maior de projetar as negativas do que as positivas. É também nessa fase que acreditamos ser espertos o suficiente para não repetir os erros de nossos pais e nos perguntamos como eles puderam ser tão ingênuos a ponto de não enxergar o que agora nos parece tão óbvio. Contudo, o pensamento heroico não é de todo ruim. Se não tivéssemos esperança e se desconfiássemos das provações que estão por vir, não teríamos o porquê avançar para a idade adulta. É o pensamento heroico que ajuda o jovem a deixar o lar do conhecido para enfrentar o desconhecido, como deve ser feito.
Mas então, chega a idade adulta e o pensamento heroico dá espaço para o pensamento realista. Aqueles que estão entre os 28 e trinta e cinco anos já sofreram uma boa dose de decepções, dores de cabeça e desilusões. Embora as projeções no mundo possam permanecer intactas, sobretudo através do casamento, do trabalho ou de uma vida confortável e segura, nós experimentamos as limitações dos nossos talentos, da nossa inteligência e principalmente daquela coragem juvenil que nos parecia infinita. Na fase inicial da vida adulta, ainda não temos uma compreensão clara de quem realmente somos. Por isso, tendemos a seguir os exemplos de outros adultos. Se conseguimos um emprego estável, nos casamos, temos filhos, adquirimos um carro e mantemos uma vida segura, acreditamos que isso nos confirma como pessoas realizadas. Mas, como James Hollis explica:
“Esses papéis assemelham-se a túneis paralelos. Saímos da confusão da adolescência e caminhamos por esses túneis supondo que eles confirmarão nossa identidade, tornar-nos-ão realizados e paralisarão os horrores do desconhecido. A primeira idade adulta, que pode na verdade se estender por toda a vida, é uma existência provisória, destituída da profundidade e da qualidade única que toma a pessoa um verdadeiro indivíduo.”
James Hollis, A Passagem do Meio.
Chega um momento em nossas vidas em que as exigências de nosso interior se tornam tão intensas que as projeções construídas durante a primeira fase da vida adulta começam a se dissolver. Nesse ponto, muitas vezes nos sentimos traídos, fracassados, vazios e perdidos em um mundo que parece não ter mais significado. Esse estado de confusão e desilusão é o que James Hollis descreve como a passagem do meio, comumente conhecida como crise da meia-idade. Para alguns, essa fase surge logo após os 30 anos; para outros, depois dos 50. É quando percebemos que aquilo a que nos apegamos no passado – nossas identidades provisórias – não era, de fato, o que realmente importava. Durante esse processo, nosso falso eu é desmantelado, e embora isso traga uma sensação de perda, é justamente nesse momento de crise que surge a oportunidade de nos tornarmos quem realmente somos. Esse é o momento ideal para abandonar as demandas impostas pela persona – o eu social e adaptado – e começar a atender às exigências do que Carl Jung chamou de Si-mesmo, o verdadeiro eu que habita em nosso interior. Como James Hollis explica:
“Na primeira identidade, a infância, o eixo atuante é o relacionamento entre os pais e a criança. Na primeira idade adulta, o eixo se encontra entre o ego e o mundo. Na segunda idade adulta, durante e depois da passagem do meio, o eixo passa a ligar o ego ao Si-mesmo.”
James Hollis, A Passagem do Meio.
A passagem do meio é um período de expansão da consciência, marcado pela dissolução das projeções que carregamos ao longo da vida. Um exemplo crucial de projeção que pode ser dissolvida é aquela associada às figuras materna e paterna. Quando crianças, em um mundo que nos parece perigoso e desconhecido, projetamos nossa ansiedade sobre nossos pais, esperando que eles nos protejam para sempre. No entanto, mesmo ao sair fisicamente da casa dos pais, muitas pessoas continuam sob a influência psicológica deles, o que pode paralisar ações e limitar o potencial criativo. Querendo ou não, nossos pais exercem uma profunda influência nas nossas vidas, como James Hollis afirma:
“Se eu tiver sido traído por um dos pais, terei muita dificuldade para confiar nos outros e por conseguinte arriscar envolver-me num relacionamento. Poderei ter medo do sexo oposto. Poderei corroer meu relacionamento com meu parceiro, escolhendo errado desde o início. Se eu não tiver tido meu valor confirmado, terei medo de fracassar, fugirei do sucesso e me programarei para um ciclo repetitivo no qual evitarei as tarefas da vida.”
James Hollis, A Passagem do Meio.
Quando essas projeções sobre os pais são desfeitas, sentimos uma angústia existencial, como se nossas bases estivessem desmoronando. Mesmo assim, é preciso dar o próximo passo para construir nosso próprio alicerce. Por outro lado, a resistência a essa separação também pode vir dos próprios pais. Muitos veem a independência dos filhos como ingratidão ou até como uma ameaça, temendo que os filhos vivam a vida que eles desejaram ter. Como Jung explicou:
“Se é falta de sorte da criança não encontrar uma verdadeira família em casa, de outro lado também é perigoso para a criança estar presa demais à família. A ligação muito forte aos pais constitui impedimento para a acomodação futura no mundo.”
Carl Jung, O Desenvolvimento da Personalidade.
Essa situação alimenta o equívoco comum de que a psicoterapia é uma forma de culpar os pais por nossos problemas. Pelo contrário, à medida que nos tornamos mais sensíveis às vulnerabilidades humanas, compreendemos que nossos pais muitas vezes fizeram o que acreditavam ser melhor, reproduzindo o que aprenderam de seus próprios pais.
Outra projeção que pode se dissolver é a dos relacionamentos. Achamos que existe um ser no mundo que está esperando por nós, que nos salvará ou que vai completar aquela parte que está nos faltando. No entanto, como James Hollis explica, uniões baseadas em necessidades práticas tendem a ser mais duradouras do que aquelas fundamentadas em expectativas românticas e projeções idealizadas. Muitos relacionamentos fracassam porque os parceiros se sentem enganados quando aquela paixão do início do relacionamento começa a esfriar e a idealização do parceiro vai dando espaço para um ser humano de carne e osso, que tem fragilidades e limitações. Quando nos relacionamos com alguém, a anima (aspecto feminino do homem, influenciado pela mãe e por outras mulheres) e o animus (aspecto masculino da mulher, moldado pelo pai e pela cultura) são projetados no outro, de tal modo que estamos nos apaixonando pelas nossas partes que estão faltando. Quando a anima é trabalhada pelo homem, ele passa a se relacionar melhor com os seus sentimentos e sua capacidade de se relacionar com os outros. Quando o animus é trabalhado pela mulher, ela consegue ser mais prática e desenvolver suas aptidões e desejos. Mas é o convívio que desgasta as projeções, e se não trabalharmos esses nossos estados interiores, a anima e o animus, vamos ficar pulando de relacionamento em relacionamento esperando encontrar no outro aquilo que nos falta. Mas como explica James Hollis:
“A maneira como nos relacionamos com nós mesmos determina não apenas a escolha do Outro como também a qualidade do relacionamento. Com efeito, todo relacionamento íntimo revela tacitamente quem éramos quando tudo começou.”
James Hollis, A Passagem do Meio.
Em outras palavras, só vamos nos relacionar bem com os outros se tivermos um bom relacionamento com nós mesmos, do contrário, continuaremos projetando nossas lacunas nos outros, perpetuando conflitos e frustrações.
A projeção em relação ao dinheiro também pode ser dissolvida, sendo encarado como um mero pedaço de papel. Mesmo aqueles que conseguiram posições elevadas em suas carreiras podem se deparar com um profundo tédio e falta de sentido. Como escreve James Hollis:
“Para cada aspirante na escalada profissional existe um executivo exausto que anseia por uma vida diferente.”
James Hollis, A Passagem do Meio.
Nosso trabalho pode tanto representar um propósito quanto servir como uma negação de nossas verdadeiras aspirações. Muitas vezes, escolhemos carreiras que atendem às expectativas da sociedade ou de nossos pais, ou optamos por caminhos seguros e confortáveis. Embora muitas pessoas se sintam bem com um trabalho convencional, para outros isso é debilitante. Mas se largarmos nosso emprego imediatamente, a menos que tenhamos uma reserva de emergência, colocamos um prazo para nossa capacidade de perseguir nossa vocação além de comprometer aqueles que dependem de nós, e quando ficarmos sem dinheiro, nossa energia terá que mudar do nosso objetivo para encontrar um novo emprego e isso pode nos levar a cortar custos e fazer escolhas ruins na necessidade de obter recompensas financeiras rápidas. Porém, se, estando no nosso emprego, conseguirmos dedicar um tempo de pelos menos 1 hora por dia para seguir os nossos objetivos, em 1 ano você terá avançando 365 horas.
“Quando reconhecemos e recolhemos as projeções que o dinheiro e o poder representam, somos obrigados a indagar de forma radical: ‘O que estou sendo chamando a fazer?’”
James Hollis, A Passagem do Meio.
Jung definiu a neurose como
“O sofrimento que não descobriu o seu significado.”
Jung, Psicologia e Religião.
O sofrimento é uma das maneiras que o sujeito tem para transformar sua consciência. Durante as turbulências da passagem do meio, é comum pensarmos que estamos enlouquecendo ou nos afastarmos das pessoas. Emoções intensas emergem quando percebemos que as suposições que sustentaram nossa vida até então estão desmoronando. Desesperados, tendemos a concretizar o que até era simbolicamente ferido. Por exemplo, um homem que ignorou sua anima a vida inteira, sente medo da sua vida interior e projeta essa mulher desaparecida dentro dele naquela mulher mais jovem, buscando uma amante. A mulher que negligenciou seu animus a vida inteira pode ficar deprimida e voltar sua raiva contra si mesma, que é a única pessoa que teve a permissão para atacar, ou mesmo se tornar ressentida e passar a proferir discursos generalizados sobre os outros, dizendo coisas como “todo mundo é isso, todo mundo é aquilo”. Aquilo que não reconhecemos em nós mesmo é projetado sobre o mundo e sobre os outros. Nossas neuroses são um indicativo de que algo dentro de nós precisa se expressar, mas que não encontrou um caminho adequado para isso justamente porque não demos a importância devida. Pode parecer coisa de maluco, mas todos nós ouvimos vozes na nossa cabeça, elas querem nos dizer alguma coisa, mas constantemente a ignoramos. No entanto, é preciso se lembrar das palavras do poeta Rielke:
“talvez todos os dragões da nossa vida sejam princesas que estão apenas esperando para nos ver uma vez belos e bravos. Talvez tudo que existe de terrível seja bem no fundo algo indefeso que precisa da nossa ajuda.”
Rainer Rilke, Cartas a Um Jovem Poeta.
Parafraseando Joseph Campbell, nós só vamos encontrar o tesouro que precisamos na caverna que temos medo de entrar, ou seja, só vamos ser quem nós somos confrontando os aspectos da nossa personalidade que temos medo de encarar. E esses aspectos vem a tona na passagem do meio, quando todas as máscaras que usamos já não conseguem mais sustentar quem queremos ser.
Para finalizar essa metáfora da passagem do meio, um mito que simboliza magistralmente o triunfo dessa passagem é o de Hércules, o filho de Zeus com a mortal Alcmene. Hércules é um dos poucos heróis da mitologia grega que conseguiu salvar-se das tentações e dos desejos e direcionar seus esforços para uma evolução espiritual, ou seja, alcançar a totalidade em relação a si mesmo. Isso é simbolizado através do seu nascimento e dos seus 12 trabalhos. Ainda quando era um bebê, Hércules estrangulou duas serpentes com as próprias mãos. A serpente simboliza a vaidade, condição essa que nos separa de uma evolução espiritual, pois nos priva da capacidade de perceber a nossa culpa. Hércules simboliza um comportamento oposto ao do simbolismo de Adão e Eva, pois os dois sucumbem à tentação da serpente no Éden. No entanto, como Hércule também é filho de uma mortal, ele não está livre da natureza humana, enfrentando culpas, desejos e tentações.
Seus 12 trabalhos simbolizam sua luta contra esses aspectos, bem como contra a tirania e a devassidão. Entre suas façanhas, Hércules derrota o leão de Nemeia, que simboliza o poder corrupto; o javali de Erimanto, que representa as tentações sexuais; e rouba o cinturão de Hipólita, rainha das Amazonas, simbolizando sua firmeza diante das mulheres mal-intencionadas e a superação dos desejos de dominação entre os sexos. No meio de sua vida, depois de passar pelas provações, de ter enfrentado os dragões da vida e ter fracassado em alguns relacionamentos, Hércules pretende se casar com uma virgem chamada Dejanira. Mas para isso, ele precisa enfrentar Aqueloô, a personificação de um rio. Dejanira representa a anima de Hércules, e para ter um bom relacionamento com ela, ele precisa confrontar e se resolver com a sua vida passada, de negligências e culpas, para viver o a outra metade de sua vida em totalidade com Dejanira, em outras palavras, com a sua própria alma. A tarefa de Hércules é atravessar o rio Aqueloô com Dejanira nos ombros. Aqueloô, que representa o fluxo da vida cotidiana, tem a habilidade de se transformar em várias criaturas, simbolizando os obstáculos da existência.
No entanto, Hércules não consegue passar com Dejanira pelo rio e pede ajuda para um centauro chamado Nessus. Mas essa situação é simbólica. Nessus representa a parte de Hércules que não quer enfrentar aquilo que o faz se distanciar de Dejanira, ou seja, sua imaturidade em se comprometer e ser responsável com algo, nesse caso, sua própria alma. Apesar desse infortúnio, Hércules consegue passar o rio com Dejanira sendo carregada por Nessus. O que Hércules não percebe, é que Dejanira recebe de Nessus uma túnica, ou seja, a anima imatura de Hércules se apega ao passado, representado pela entrega desse presente.
A situação conflitiva em que Hércules se encontra é a seguinte: Hércules atravessou o rio, ou seja, superou em parte seu passado e se despiu das amarras de seu falso ego em busca da libertação, porém, uma parte sua ainda está agarrada às projeções que sustentam suas ilusões, simbolizado pelo centauro. Essa fraqueza recaí sobre Dejanira, sua anima, que aceita o presente de Nessus, o medo de seguir adiante sua vida sem as projeções que o iludem. Hércules, então, trai Dejanira e se enamora de Iole, filha de um rei da Grécia. Agora vem uma parte que eu não contei antes: Nessus diz que a túnica está embalsamada com uma poção do amor quando a entrega para Dejanira, mas na verdade não passa de um veneno letal. Então, temendo perder Hércules, Dejanira lança sua túnica sobre ele, esperando que se apaixone de volta por ela, mas que a acaba envenenando-o.
Esse é o momento onde o conteúdo negligenciado da anima irrompe sobre o indivíduo, fazendo-o optar por dois caminhos: ou abraçar seu lado interior, confrontar sua sombra, seus medos, sua culpa, ou todo esse conteúdo dominará sua vida, e a passagem do meio torna-se um infortúnio, em vez de ser uma oportunidade para um aprimoramento individual. O psicólogo francês Paul Diel explica o que acontece em seguida:
“A imagem que mostra Hércules tentando arrancar a túnica envenenada representa o excesso de desordem que dominou seu conflito interior. Levada ao extremo, a situação inicial, o conflito dilacerante entre o impulso do espírito e a insaciabilidade do vício e, em consequência, o arrebatamento dionisíaco, exige uma solução, e será o impulso do espírito que lhe dará a vitória.”
Paul Diel, Simbolismo na Mitologia Grega.
Hércules confronta suas sombras, e a chama do veneno destruidor se transforma no fogo purificador. A sombra é integrada em sua consciência e ele consegue se elevar espiritualmente, vivendo a outra metade de sua vida na totalidade.
Não importa o que aconteça fora de nós, desde que tenhamos uma ligação vital com nós mesmos.
“Se conseguirmos sustentar a nossa coragem, a passagem do meio nos trará de volta à vida depois de sermos separados dela.”
James Hollis, A Passagem do Meio.
Foi isso que aconteceu, Hércules se ligou com algo dentro de si que representa o infinito, o eterno, a esperança de algo além e essencial. A experiência consciente da passagem do meio requer que separemos quem nós realmente somos da soma das experiências que interiorizamos. Nosso pensamento então se desloca do mágico para o heroico, e finalmente para o humano.
“Ou encarnamos algo essencial ou nossa vida é desperdiçada.”
James Hollis, A Passagem do Meio.
Livros recomendados:
A Passagem do Meio: https://amzn.to/4fOw3xN
Simbolismo na Mitologia Grega: https://amzn.to/4fTiAVa
O Desenvolvimento da Personalidade: https://amzn.to/3CUc55Y