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"Como as plantas, os homens também crescem: algun

"Como as plantas, os homens também crescem: alguns na luz, outros nas sombras." Carl Jung

A sombra é tudo aquilo que reprimimos em nós: impulsos, desejos, emoções, traços de personalidade que julgamos inaceitáveis — como raiva, inveja, medo, ganância ou até mesmo nosso brilho, criatividade e força.

Esses aspectos não desaparecem quando os ignoramos. Eles se escondem no inconsciente e voltam disfarçados, nos sabotando ou sendo projetados nos outros. Atacamos no outro aquilo que não suportamos ver em nós mesmos.

Essa sombra nasce da nossa persona — a máscara social que usamos para sermos aceitos. Quanto mais nos identificamos com essa persona, mais rejeitamos partes autênticas de quem somos.

Mas a sombra não é “má”. Ela é humana. E confrontá-la não é um ato de fraqueza — é coragem. Encará-la nos permite viver com mais verdade, profundidade e liberdade. É aí que mora o crescimento.

Ao integrar a sombra, resgatamos potenciais esquecidos e deixamos de ser marionetes de impulsos inconscientes. Como disse Jung: “confrontar a sombra é mostrar a própria luz.”

O último vídeo que postei no canal no Youtube simula uma sessão de terapia onde o trabalho da sombra é feito (o vídeo é de caráter fictício e geral; não substitui a terapia propriamente dita).

Link na bio!

A literatura é inútil. Ela é inútil para o u

A literatura é inútil.

Ela é inútil para o uma sociedade que visa somente o desempenho das pessoas, onde há uma pressão constante em ser produtivo, eficiente e pensar positivamente, em todas as situações.

A literatura é uma perda de tempo para o indivíduo que busca apenas melhorar sua performance e que se sente coagido, interna ou externamente, a superar barreiras, a vencer o tédio, a obliterar os pensamentos negativos e ser livre para buscar a autorrealização a qualquer custo.

A literatura não serve para quem vive constantemente se atualizando, para quem sempre busca novidades, com medo de ficar de fora dos principais assuntos do momento.

Isso porque, a literatura não se preocupa com o imediato, com o agora, mas com o que acontece sempre, em todas as épocas, independentemente das circunstâncias individuais. A literatura permite que você se dê conta de que um problema que você tem aqui, sendo um brasileiro médio do século XXI, apesar das peculiaridades, é semelhante, em sua forma, ao problema de um funcionário público da Rússia no século XIX, que é semelhante, a um pobre cidadão romano do Século I.

Só que isso leva um certo tempo.

À medida que vamos adquirindo repertório literário, aumentamos nossa capacidade de expressão, pois fazemos analogias com as narrativas experienciadas.

Sofremos simbolicamente, na literatura, antes de sofrer na realidade, e percebemos que não estamos sozinhos no mundo; alguém já descreveu aquela emoção que eu, antes, não conseguia expressar.

Tudo ganha preenchimento e forma. Algo nos conforta por saber que não somos tão únicos assim.

Fiz um vídeo sobre a importância da literatura no canal no Youtube. Link na bio!

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Judith Viorst continua: "A culpa saudável é adeq

Judith Viorst continua: "A culpa saudável é adequada — em quantidade e qualidade — ao ato. A culpa saudável leva ao remorso, mas não ao ódio por si mesmo. A culpa saudável evita a repetição do ato culposo, sem isolar um vasto campo de nossas paixões ou prazeres. Precisamos reconhecer que fizemos algo moralmente errado. Precisamos reconhecer a nossa culpa."

Viver sem arrogância, pecado ou autodelusão é impossível. Parafraseando um apóstolo, precisamos nos dar conta da ironia que a vida nos proporciona: embora queiramos fazer o bem, não o fazemos.

Mas é justamente a consciência da culpa que nos permite ter a consciência de sua expiação e do caminho para a maturidade mental. Não há redenção sem pecado. Não há luz sem sombras.

Precisávamos comer aquele fruto proibido, sermos expulsos do paraíso da inconsciência e da ingenuidade, para termos a consciência do impacto das nossas escolhas e das suas consequências. Ter a consciência da culpa talvez não nos traga uma vida feliz, mas um vida completa.

#psicologia #terapia #frases #livros

Para ter acesso a textos, artigos e indicações d

Para ter acesso a textos, artigos e indicações de livros 👉🏻 atoepotencia.com.br

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Jung defendia que o oposto do amor não é o ódio

Jung defendia que o oposto do amor não é o ódio, nem a indiferença, mas o poder.

O poder é a sombra do amor. Isso não significa que o poder seja ruim ou mal, mas que ele se torna tirania sem o equilíbrio do amor. Já o amor, por sua vez, se torna fragilidade sem o equilíbrio do poder.

Se poder e amor são opostos, significa que um não existe sem o outro. Não é à toa que, na mitologia grega, Afrodite (a deusa do Amor) é casada com Ares (o deus da Guerra).

Ter a consciência que a vontade de poder nos habita sempre que estamos dispostos a amar, faz com que nos tornemos conscientes para criarmos novos sentidos e significados para as nossas relações, sem deixar-se afetar por sentimentalismos pela falta de poder e sem se tornar uma devoradora ou um tirano pela falta de amor.

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Na era da liberdade de escolha, do verbo modal e i

Na era da liberdade de escolha, do verbo modal e imperativo "tu podes", as infinitas possibilidades que se apresentam para nós são mais coercitivas do que emancipatórias.

Byung-Chul Han, em seu livro, Agonia do Eros, percebeu que esse fenômeno se alastrou para os relacionamentos: hoje, o amor se tornou um algoritmo, um cálculo de custo-benefício, uma questão de utilidade. Não estamos pensando no outro como um outro, mas como uma parte do nosso eu.

Como tudo diz respeito ao desempenho e à produtividade, amar está deixando de se tornar uma entrega e virando um fator econômico, onde esperamos receber algum "lucro".

O Eros, que Byung entende como a força do encontro e da alteridade, está agonizando diante de um mundo viciado em produtividade e gratificação instantânea.

Aprisionamos o Eros para criar letras de Funk e se submeter às nossas vontades.

Não é como se no passado as coisas fossem melhores. Cada época tem o seu mal-estar. Vivemos numa era onde o "match" substitui a paixão, e o excesso de escolha anula qualquer profundidade. Sem Eros, só resta o vazio da hiperexposição e da exaustão emocional.

As transformações pelas quais o amor está passando são melhor explicadas no último vídeo do canal no Youtube. Link na bio!

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